Todo início de temporada atletas se reúnem com seus treinadores para determinar quais serão os objetivos para o ano. Em se tratando da natação, ao perguntar a qualquer nadador profissional ou amador o que ele quer alcançar na temporada, provavelmente chegaremos a um denominador comum: nadar mais rápido.
Ainda que a especialidade de um nadador seja a prova de 1500 metros nado livre, para vencê-la é preciso nadar mais veloz que os adversários.
Mas como ser mais rápido? Como baixar os tempos? Selecionamos algumas dicas para te ajudar nisso:
Foco na técnica
Como já é de conhecimento, a água é aproximadamente 800 vezes mais densa que o ar. Isso significa que para se deslocar no meio aquático é preciso vencer a resistência da água. Para tanto, é essencial ter domínio de uma técnica de nado eficiente, na qual você irá conseguir se locomover mais fácil sem gastar muita energia. Se você tentar nadar de qualquer jeito, sem aplicar a técnica, apenas querendo nadar rápido, você terá dificuldade em vencer o arrasto e fatalmente irá se cansar. Em suma, é difícil sustentar uma alta velocidade com um nado precário. No mais, uma técnica debilitada favorece o desenvolvimento de lesões dos mais diversos tipos.
Qualidade x quantidade
Nem sempre fazer mais é a melhor opção. Em outras palavras, se você ainda acredita que para nadar mais rápido é preciso treinar mais… você está enganado. No passado, muitas pessoas ainda pensavam que quanto maior fosse a metragem cumprida no treinamentos, melhores seriam os resultados obtidos. Elevados volumes de treino não garantem necessariamente tempos menores. É preciso treinar com qualidade e qualidade envolve técnica, atenção aos movimentos realizados, comprometimento com as intensidades prescritas pelo treinador e concentração do início ao fim da sessão de treino. De que adianta nadar 5000 metros se você “solta” a série toda e faz força apenas no último tiro? Será que realizar 1000 vezes um movimento de forma errada vai te ajudar? Nadar o treino todo com o “cotovelo baixo”, algo que é totalmente prejudicial para a propulsão, também não vai te levar a lugar algum. Por isso, concentre-se em nadar bem e não apenas em nadar muito.
Equipamentos de alta performance fazem a diferença
De longe as pessoas reconhecem um nadador à caminho da piscina pela enorme mochila que ele carrega, portando vários materiais de treino. Entre os itens primordiais estão o palmar, o paraquedas, a prancha, o snorkel e a nadadeira (também chamada de “pé de pato”). Cada um deles com uma função específica, mas no geral todos colaboram na melhora do desempenho. Entretanto, é preciso frisar que os equipamentos devem ser de excelente qualidade uma vez que podem não somente prejudicar o seu rendimento, como também ocasionar o seu afastamento da piscina. Por exemplo, treinar com frequência utilizando um palmar de qualidade inferior pode afetar o seu ombro. Assim como usar um pé de pato inapropriado para a prática de natação pode acarretar uma lesão no seu tornozelo ou joelho. Pensando nisso, a Kpaloa desenvolveu pés de pato específicos para o treinamento de natação, feitos com borracha vulcanizada, de abas curtas e flexíveis, para pernadas de alta frequência. Segundo João de Lucca, recordista pan-americano e nadador olímpico (2012 e 2016), “somente com os pés de pato Kpaloa pude encontrar um alto nível de desempenho, pois são de excelente qualidade e acima de tudo muito confortáveis”.
Aprimore os fundamentos
Uma braçada mais rápida. Um submerso mais veloz. Cada movimento faz a diferença. Por isso é muito importante treinar os fundamentos, ou seja, aprimorar a sua saída, o nado submerso, a virada e a chegada. Um centésimo pode ser a diferença entre o primeiro colocado e o segundo. Um décimo distingue o campeão do vice-campeão. Assim é a natação. Frações de segundo decidem uma prova e muitas vezes essa decisão acontece nos detalhes, que são os fundamentos. São inúmeras as histórias de nadadores que perderam ou ganharam uma prova por uma diferença muito pequena, que foram ou não para os Jogos Olímpicos, que alcançaram ou não um pódio nacional / mundial. Sendo assim, busque se empenhar nos treinos e repetir com o máximo de atenção cada um dos fundamentos visando atingir o padrão de movimento correto.
Descubra o seu ponto fraco e forte
Por mais que você possa acreditar que está nadando muito bem, sempre há algo a ser corrigido e/ou aprimorado. Para tanto, é imprescindível a identificação de seu ponto fraco e seu ponto forte. Nathalia Almeida, atleta de natação 14 vezes campeã brasileira e recordista sul-americana, afirma que uma boa maneira de melhorar seus pontos fracos “é sempre trabalhar educativos do nado tentando ajustar aquilo que está errado ou fora de posição, para que quando for fazer o nado mais intenso você já ter a forma correta registrado na musculatura. No início vai ser difícil, mas com o tempo você vai se acostumando”. Portanto, treine para melhorar o seu ponto fraco e aprimore o seu ponto forte.
Como você acabou de ler, é possível melhorar o desempenho de inúmeras formas, mas lembre-se sempre de que o treinamento é multifatorial. Portanto, se você não está obtendo os resultados esperados procure colocar essas dicas em prática e converse sempre com o seu treinador.
Saudações aquáticas!