Determinação, talento e foco. Assim podemos descrever Leonardo Moura Ferreira da Costa ou apenas Léo Moura como é conhecido por todos. Esse jovem local de Maricá (Rio de Janeiro) vem chamando a atenção em duas modalidades esportivas: bodyboarding e bodysurf.
Integrante do Kpaloa Team, Léo Moura já foi campeão de bodyboarding da ASBPN (Associação de Surf e Bodyboard de Ponta Negra) e vice-campeão na etapa ESB. No bodysurf, Léo sagrou-se campeão do Itacoatiara Bodysurf Classic em 2019 e Vice Campeão do Kpaloa Brasileiro de Bodysurf no mesmo ano.
Em um bate-papo leve, Léo contou um pouco sobre sua trajetória no esporte, manobras prediletas, viagem para a Indonésia e as expectativas para 2020!
Como foi o seu primeiro contato com as ondas?
Quando eu era criança, meus pais e meu irmão sempre me levavam para a praia. Eu já gostava muito! Minha família é do mar. Meu pai, irmão, tios e primos pegavam onda, então isso vem de berço. Quando fiz 14 anos comecei a surfar direto com meu primo Jonh. Foi ali que comecei a evoluir. Depois de um tempo comecei a surfar sozinho e evoluir sozinho. No começo eu surfava de bodysurf, bodyboarding e surf. Depois de alguns anos passei a surfar apenas de bodysurf e bodyboarding, porque as praias que surfo são ondas mais buracos, quase que impossível ter uma boa evolução para o surf de prancha.
Você tem se dedicado mais ao bodysurf ou ao bodyboarding? Por quê?
Me dediquei muito ao bodysurf até o ano de 2018, inclusive percebi que evolui muito. Como sou apaixonado pelas duas modalidades, no ano de 2019 decidi dar mais prioridade ao bodyboarding. Para o ano de 2020 tenho novos pensamentos. Quero equilibrar meus estudos e a prática do esporte. Quero estudar mais.
Ano passado você participou do Kpaloa Brasileiro de Bodysurf e ficou em 2º lugar no ranking geral. Mas venceu a etapa em Itacoatiara, na qual você foi premiado com uma viagem para a Indonésia. Na sua opinião, qual é a importância de ter um campeonato de bodysurf / handsurf no Brasil organizado com etapas em lugares distintos e premiações?
O bodysurf não é reconhecido mundialmente igual ao surf e bodyboarding. Então é importante ter esses campeonatos e etapas em Estados diferentes como o Kpaloa Brasileiro de Bodysurf fez. A Kpaloa foi certeira nesse ponto e isso favoreceu o cenário. Afinal, tem pessoas que não conhecem o bodysurf e handsurf, nem imaginam que existam essas modalidades e muito menos campeonato. Espero que em breve tenha um circuito mundial. Com isso a tendência do surf de peito é só crescer! Foi muito importante ter o circuito brasileiro, fiz amizades boas e conheci diversos lugares com o meu paizão (conhecido como “Nei jacaré”).
Como foi a viagem na Indonésia junto com o Kalani Lattanzi? Qual foi o maior aprendizado?
Foi incrível! Pude adquirir mais sabedoria de vida e aprimorar meu surf. Eu e Kalani vivemos momentos incríveis juntos, depois disso tudo vi como ele é uma pessoa diferenciada. Tenho agora muito mais admiração e respeito. Sou fã desse cara e muito grato por tudo que fez por mim, principalmente pelos ensinamentos e conselhos, tanto para o surf como para a vida. Não é todo dia que se tem a oportunidade de receber conselhos do seu ídolo. E eu tive essa chance, esse privilégio.
Ainda sobre a Indonésia, qual foi onda que você mais gostou por lá pensando em bodysurf?
Difícil dizer porque todas elas são perfeitas. As que eu mais gostei foram as ondas de Uluwatu e Pacitan Watu Karung. Uluwatu é uma onda cheia no início que proporciona mandar uns parafusos, e no final ela cava para pegar o tubo. Pacitan Watu Kagung já é uma onda desafiadora, muito cavada e seca que rola uns tubos alucinante.
A propósito, como você define a onda perfeita?
Eu amo ondas cavadas com aquele tubo irado, mas também me amarro em ondas cheias e longas… no bodysurf eu brinco e me divirto. Risos.
Ser atleta não é fácil. Vai muito além de treinar diariamente. É preciso ter apoio / patrocinadores para conseguir viajar e competir. Você tem outros patrocínios além da Kpaloa?
Existem algumas empresas que às vezes me ajudam, mas patrocinar mesmo… somente a Kpaloa.
E como é fazer parte do time da Kpaloa? O que isso agrega na sua vida como atleta? Quer seguir carreira profissional?
Ser do time Kpaloa é um objetivo muito grande que eu alcancei. Depois disso as pessoas passaram a me ver com um olhar diferente. Agregou bastante, sabe? E quero ser sim um atleta de bodysurf profissional!
Para ser um atleta de alto nível, independente do esporte praticado, é importante contar com equipamentos de alta performance. O que você tem a dizer sobre o Kpaloa Tritão? Qual o diferencial desse pé de pato?
Verdade. Equipamento faz toda a diferença. Até o momento o pé de pato Kpaloa Tritão é o melhor que usei. Ele foi inspirado e projetado a partir da observação dos animais marinhos, é algo espetacular. Eu gosto muito do Tritão em razão da velocidade que ele me proporciona, é muito rápido mesmo, e com ele tenho mais facilidade para me desenvolver na água, realizar manobras e sair dos tubos.
Pretende viajar para algum lugar esse ano visando sua evolução nas ondas? Quais são os seus objetivos para 2020?
Sim! Esse ano pretendo ir ao México. Quero ganhar o campeonato de bodysurf e também treinar para evoluir no bodysurf e bodyboarding. E claro, desfrutar do lugar e das ondas.