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Heróis de água salgada: Marciano Diomar conta sobre a missão de salvar vidas

helicoptero guarda vidas

O que leva alguém a se tornar guarda-vidas? Quais as inspirações, os desafios e as ocorrências envolvidas? Para saber mais sobre o mundo do salvamento aquático, conversamos com Marciano Diomar, guarda-vidas civil de Florianópolis!

Como e quando você se tornou guarda-vidas?

Me tornei guarda-vidas civil fazendo um curso do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina. Eles ministram esse curso todos os anos com o intuito de ter o maior número de efetivos para trabalhar durante a temporada. Eu fiz o curso em 2014, já estou atuando como guarda-vidas civil há 7 temporadas!

Você tinha grandes expectativas quando fez o curso? Aliás, como funciona o curso?

Sempre procurei ter o maior conhecimento nessa área por conta de morar perto da praia. O curso de formação é realizado em torno de um mês e é um curso bem completo, que exige bastante tanto da parte física como teórica. Na parte física são feitas várias provas aquáticas e corridas. Enquanto que na teórica são feitas várias provas de Atendimento Pré-Hospitalar, Ressuscitação Cardiopulmonar, entre outras. Passando por essas etapas você é aprovado para atuar como guarda-vidas civil.

Como é a rotina de guarda-vidas?

A nossa rotina é feita por escala, trabalhamos 12h por 24h, ou seja, atuamos um dia e folgamos dois dias. Iniciamos nossa jornada na praia às 7h30 e por lá ficamos até 19h30, totalizando 12 horas de serviço. Lembrando que esse serviço é de caráter voluntário.

Qual foi o salvamento mais difícil que você já fez? O que aconteceu?

O salvamento mais difícil que eu já peguei foi realizado no dia 02 de abril deste ano. Foi uma vítima masculina que teve uma queda de costão, com ondas chegando a 1,5 m na série. Essa vítima estava sob efeito de álcool e também estava em uma área de risco tirando fotos. Com isso, ele foi arrastado pelas ondas, mas prontamente o avistamos e fomos para a ocorrência. Eu fui o primeiro a chegar na vítima fazendo um percurso de 800 metros com corrida e pulo de costão. Chegando na vítima fizemos as manobras de resgate e com o apoio em seguida do arcanjo, realizamos o salvamento sem grau de afogamento.

helicoptero guarda vidas

A propósito, você tem ideia de quantas ocorrências já participou ao longo do tempo como guarda-vidas?

Eu acredito que levando em consideração  as 7 temporadas, o número vai além de 250 ocorrências. Contando com arrastamento, mal súbito, pressão baixa, torção, criança perdida, RCP, água viva, pessoas perdidas em trilhas, alergia e entre outras.

Falando em equipamento, de que forma a nadadeira Kpaloa se faz importante no seu trabalho?

Com certeza ajuda muito por ser um equipamento confortável, leve e também por conta da explosão proporcionada que é essencial no momento do resgate!

Na sua opinião, quais características são importantes para ser um guarda-vidas?

Eu acredito que todo mundo tenha as características necessárias para atuar como guarda-vidas civil. O diferencial mesmo está na natação e na corrida. Sem elas infelizmente vai ser bem difícil atuar nessa área que exige muito no aspecto física porque até então é isso que salva e zela no nosso serviço.

Você se inspira em alguém na sua profissão? E qual conselho ou dica você daria para alguém que pensa em seguir carreira no salvamento aquático?

Com certeza eu me inspiro nos comandantes que estão em cada posto de guarda-vidas. A dica que eu posso deixar para quem tem curiosidade ou vontade de querer ajudar alguém e ganhar conhecimento, é fazer o curso de guarda-vidas civil porque realmente vale a pena e vai obter tudo isso!

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Team Kpaloa

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