A atleta do time Kpaloa Nathalia Almeida voltou dos Jogos Olímpicos e compartilhou a experiência vivida em Tóquio, a emoção de estar em sua primeira Olimpíada, bem como as expectativas para as próximas competições!
Tóquio 2020 foi a sua primeira Olimpíada. O que falar sobre a experiência de viver um Jogos Olímpicos, estar com os melhores do mundo dos mais diversos esportes?
A Olimpíada foi uma experiência inexplicável! Sempre que eu represento o Brasil eu já me sinto muito feliz e honrada. Mas estar em uma Olimpíada, fazer parte de um evento tão grande, estar presente em momentos tão especiais como a medalha de bronze do Fernando Scheffer, ver tudo aquilo que o atleta brasileiro passa e ver que tudo aquilo foi recompensado… Enfim, viver tudo isso e poder estar na piscina com tantos atletas fenomenais é incrível, uma sensação indescritível!
Estar nos Jogos Olímpicos é o maior sonho dos atletas em geral. Qual balanço você faz sobre sua participação no maior evento esportivo do mundo?
Eu gostei muito da minha participação na Olimpíada, fiquei muito feliz. Foram menos de 2 minutos na água e eu consegui fazer o melhor tempo da minha vida. Essa experiência em Tóquio vai agregar muito para uma próxima Olimpíada e quero fazer um resultado melhor ainda.
E sobre o desempenho da prova em si nos Jogos Olímpicos, o que você pode falar?
Sobre o revezamento 4x200m livre, posso dizer que nós demos o nosso melhor. Pode não ter sido o melhor tempo da vida de algumas meninas, mas ainda assim foi o nosso melhor, foi o que tínhamos de melhor para dar no momento e a gente representou o Brasil da melhor forma que a gente conseguiu.
Assim que encerrou a sua participação em Tóquio, você voltou para o Brasil e viveu muitas emoções. Dentre elas a conquista dos índices para o Mundial de Piscina Curta em Abu Dhabi. Como foi tudo isso?
Eu nadei 6 provas individuais no Troféu José Finkel para ajudar o meu clube, o Flamengo. Inicialmente eu ia nadar somente 4 provas, mas acabei nadando 6 provas e consegui fazer os melhores tempos da vida em todas as provas. Foi um saldo muito positivo. Eu obtive o índice para 4 provas individuais, sou a única atleta mulher da seleção brasileira a conseguir isso. Sendo que desses 4 índices, 3 foram nas provas de medley e com isso me tornei a única atleta da história da natação brasileira a conseguir esse feito. Eu realmente não esperava nadar tão bem nessa competição. Depois que eu nadei bem a primeira prova de manhã, eu conversei com o meu técnico, o Fernando Possenti e ele me disse o seguinte: “Só nada. Se diverte. Você tem chance de conquistar o índice”. E foi emocionante porque consegui, aproveitei cada momento e fui dando o meu melhor. Terminei a competição exausta, tanto fisicamente quanto emocionalmente, até porque eu tinha acabado de chegar dos Jogos Olímpicos e tive que me adaptar rapidamente ao fuso.
O Mundial está programado para dezembro deste ano. Até lá tem muito trabalho pela frente. Em que você irá focar para essa competição em específico?
Eu vou focar muito nas viradas porque no Finkel eu errei alguns detalhes em relação a esse fundamento. Conversei com meu treinador e vamos trabalhar pra melhorar isso e fazer o meu melhor tempo no Mundial em dezembro
Quais os planos para o próximo ciclo olímpico?
Temos muitas competições pelo caminho como o Mundial no fim deste ano, o Mundial no ano que vem, Jogos Mundiais Militares, Jogos Pan-Americanos. Tem muita coisa pela frente e na minha opinião é preciso ver uma coisa de cada vez. Porque não dá para pensar tão à frente, em Paris 2024, senão você vai atrapalhar o processo e o processo é o que vai fazer você chegar no seu objetivo final. Então uma coisa de cada vez, primeiro focar no Mundial de piscina curta, depois no Mundial de piscina longa em 2022 e passo a passo chegamos em Paris.
