Das águas de Jaconé para os pódios nos campeonatos de bodysurf: entrevista com Brenno Ricardo!

Foto: Matheus Ribeiro

Brenno Ricardo, bodysurfer local de Jaconé, entrou para o Kpaloa Team em 2021 e já tem muita história para contar. Entrevistamos o atleta para saber mais sobre a sua trajetória no esporte e as perspectivas quanto a parceria com a Kpaloa!

Como você conheceu o bodysurf? Você se lembra da sua primeira onda?

Apesar de já terem se passado 10 anos, me lembro como se fosse ontem. Conheci o bodysurf através do meu amigo guarda-vidas Rodrigo Batista. Eu o vi descendo uma onda e mandando um parafuso. Achei aquilo incrível e foi quando me apaixonei pelo esporte, não queria fazer outra coisa a não ser praticar o bodysurf. Foi então que comecei a descer as minhas primeiras ondas.

De lá pra cá, o que você considera que evoluiu mais dentro d’água?

Eu praticava natação na minha escola quando era mais novo, aproximadamente uns 7 a 8 anos de idade. Quando fui para o mar, senti uma grande diferença e comecei a praticar a natação do zero. Porque eu percebi que na realidade eu não sabia nadar, então me dediquei muito e hoje percebo a minha evolução a cada dia que passa.

De onde veio a vontade de competir?

A mesma pessoa, Rodrigo Batista. Ele me falou sobre um campeonato que estava por vir em Saquarema, pra ser mais exato na praia da Vila. E o Rodrigo me falou que eu tinha potencial para competir e disse para eu ir. Ele colocou isso na minha cabeça e eu acabei pedindo para o meu pai poucos dias antes. Meu pai pagou a minha inscrição e eu fiquei em 2º lugar. Naquele momento percebi que eu poderia ter alguma chance de alcançar lugares mais altos no pódio caso continuasse treinando forte.

Em 2019, você participou do KPALOA BRASILEIRO DE BODYSURF. Conta um pouco sobre essa experiência.

Por condições financeiras, eu não participei de todas as etapas. Das cinco etapas, fui somente em três e mesmo assim eu aproveitei muito. Era a primeira vez que eu estava participando de um circuito nacional, de alto nível, enfrentando atletas do Brasil todo. Fui percebendo que o bodysurf era maior do que eu pensava, vivi emoções gigantes. Na etapa de Itacoatiara me tornei campeão na categoria Júnior, e quase venci na categoria handski, que tinha como prêmio uma passagem para a Indonésia.

Você acha que o KPALOA BRASILEIRO DE BODYSURF te ajudou a amadurecer como atleta?

Sim, pois foi quando eu olhei para mim e percebi que era de fato um atleta, percebi que existiam pessoas acreditando em mim. Nomes como Frank Corrêa, Rodrigo Figueiredo e Rodrigo Batista, e claro minha família, namorada e amigos. Desde então percebi que agora não existe free surf, existe treino, existe determinação e foco. Aprendi a dar valor quando me derem a mão e graças a tudo que o Instituto ESB me ensinou, hoje alcancei a Kpaloa felizmente. E desde sempre o Instituto ESB acreditou em mim, me ajudou a amadurecer, formou o atleta e a pessoa que sou hoje.

O que você espera da Kpaloa e qual a importância dessa parceria na sua carreira?

Ainda fico sonhando e pensando coisas como “eu tenho mesmo a Kpaloa comigo, me apoiando?”. Às vezes acho que estou sonhando, imaginando situações, pois eu acreditava em mim e em Deus, mas não imaginava a hora que chegaria esse grande momento. Hoje esse momento chegou e ainda estou em estado de choque, pois sempre tive vontade de ser parte do time justamente pelo fato da Kpaloa apoiar o INSTITUTO ESB. E hoje juntos, espero poder representar a marca onde Deus me permitir passar, quero trazer muito orgulho nesse primeiro ano como atleta do time Kpaloa!

Quais as expectativas que você tem em relação ao futuro?

Eu sonho muito com o crescimento da modalidade. Sonho em ver o bodysurf nos Jogos Olímpicos, passando na TV, sendo noticiado e eu acredito nisso. Sei que muitos atletas sonham com isso e creio que cada um fazendo seu papel, o bodysurf certamente crescerá. E quem sabe eu consigo desenvolver novas manobras, deixar algo registrado com minha dedicação e treinamento. Quero conquistar meus objetivos, representar a Kpaloa da melhor forma possível. Lembrando que o campeão não é aquele que ergue um troféu, mas quem fez mais do que aquilo para chegar até lá.