Atleta olímpico nos Jogos Olímpicos Rio 2016 e Tóquio 2020, o velocista Gabriel Santos deu mais um grande passo em sua carreira. No Troféu Brasil 2022, Gabriel bateu primeiro na prova dos 100m livre e conquistou sua vaga no Mundial de Budapeste. O atleta do time Kpaloa passou por muitas coisas antes da conquista do índice, como a recente mudança de treinador, e esta semana nos contou mais sobre os bastidores desse ótimo resultado.
Todo campeonato requer um planejamento bem detalhado, visando um ótimo resultado ao fim do ciclo. Como você se sentiu durante o período de treinamento que antecedeu o Troféu Brasil, uma competição alvo para você?
Antes do Troféu Brasil eu tive um período muito bom de trabalho, eu gostei do treinamento, consegui fazer o que tinha sido proposto por toda comissão técnica. Felizmente fui capaz de seguir a rotina muito bem, não tive dores e nem lesão. E consegui acrescentar um volume maior de nado borboleta nos meus treinos. Com isso, tive um saldo bem positivo: índice nos 100 livre, tendo vencido a prova no Troféu Brasil. E também fiz o índice A da FINA (Federação Internacional de Natação), então provavelmente eu vou poder nadar também a prova dos 50m borboleta no Mundial de Budapeste. Fiquei bem feliz com tudo isso.
Como estava a sua cabeça para o Troféu Brasil? Você tinha grandes expectativas ou estava se controlando para não ficar ansioso?
Eu estava me sentindo muito bem, não tinha muita expectativa em relação ao tempo, nenhuma marca específica. Porque fazia tempo que eu não competia, então estava com pouco ritmo de prova. No entanto, estava muito bem preparado fisicamente. Durante todo o processo do treinamento eu estava muito focado também em fazer o meu melhor a cada dia, buscando evoluir em algumas limitações que eu tinha. E eu sabia que o resultado viria naturalmente. Por isso digo que para o tempo eu não tinha muita expectativa. O objetivo era conseguir a vaga para o Mundial e entrar para valer na sequência de competições deste ano.
Você entrou no time de atletas da Kpaloa em 2021, antes dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Mas a sua história com a Kpaloa nasceu bem antes disso. Pode falar a respeito?
A Kpaloa me acompanha desde criança. São as nadadeiras mais confortáveis que existem na minha opinião. São as melhores que tem em relação à eficiência, durabilidade e conforto. A nadadeira da Kpaloa me ajuda bastante. E no meu caso, que sou atleta de alto nível, todo detalhe faz muita diferença. Então a Kpaloa faz parte do meu dia a dia, me ajudando muito nas séries de velocidade, perna, paraquedas. Fico muito feliz em ser atleta do time Kpaloa, é uma honra, porque eu realmente gosto das nadadeira, tem o selo de qualidade do Gabriel Santos (risos).
Então pode-se dizer que você realizou um sonho de criança ao se tornar atleta do time Kpaloa?
Sim, com certeza. É uma honra ser do time e ter apoio de uma marca que me acompanha desde criança. Como disse anteriormente, a Kpaloa está comigo desde sempre. Então eu fico muito feliz em ser atleta da marca que me acompanha há anos, que eu acredito e confio de verdade. E eu espero que essa parceria se perpetue por muito tempo, pois eu aprovo e recomendo as nadadeiras da Kpaloa.
Fala um pouco sobre a participação e o apoio da sua família antes e durante essa competição tão importante que valia a classificação para Budapeste.
Minha família sempre me apoiou, mesmo quando nem eu acreditava mais, então é o meu alicerce desde criança. Sou muito grato por tudo. Minha família fez o possível e o impossível para eu seguir na natação. Hoje não é diferente, eu me tornei adulto, as responsabilidades aumentaram, a cobrança e a expectativa também. Porém eles estão ali para me apoiar ao invés de me criticar. Engraçado que eu nem falo muito com a minha família sobre natação. Mas quando eu coloco a minha touca de natação, eu sei que tenho todo o apoio da minha família, sei que eles estão ali comigo. Na realidade, a família é muito importante, principalmente em momentos ruins, e por isso a família é uma base fundamental para mim.
E o seu treinador? Qual a contribuição dele na conquista do índice do Mundial?
Eu troquei de treinador recentemente, depois de 5 anos com o Albertinho. Agora estou treinando com o Tiago Moreno. O Tiago é um cara que eu dispenso comentários como treinador e como pessoa. Ele me conhece há muito tempo porque foi o meu primeiro treinador quando eu cheguei aqui no Esporte Clube Pinheiros, quando tinha 11 anos e era da categoria Petiz 1. Então a sintonia é muito boa entre nós. Em relação ao índice, essa foi a consequência do trabalho feito no processo. E a gente conseguiu trabalhar bem, conseguimos executar muita coisa que tínhamos em mente e o índice veio. Então agora é dar continuidade no trabalho e conseguir um resultado melhor ainda. Estou super animado com tudo isso!