Isabela Nogueira é uma das pioneiras do bodyboarding feminino no Brasil. Conhecida internacionalmente, a carioca é irmã da lendária tricampeã mundial de bodyboarding Mariana Nogueira, que começou a praticar o esporte nos anos 80 influenciada por Isabela. Esta semana, Isabela contou sobre as emoções do Wahine Bodyboarding Pro, etapa do Circuito Mundial que ocorreu em Junho deste ano, no estado do Espírito Santo.
Assim que saiu a notícia de que o Wahine Bodyboarding Pro teria a categoria master e que nesse evento seria coroada a primeira campeã master, algo até então inédito, o que você sentiu? Você já tinha a intenção de participar por conta própria ou a motivação veio através de outra pessoa?
Eu não tinha vontade de participar. Iria somente na bateria das Legends, mas a Mari (Nogueira) fez minha inscrição escondida e me deu esse presente surpresa. Depois disso, fiquei animadíssima! Ela disse “Você acha que eu ia sem você?” Relembrar nosso tempo foi maravilhoso. Deu até vontade de voltar a competir. Tomara que tenham mais eventos como esse. Irei participar!
Conta sobre a relação que você tem com a sua irmã, Mariana Nogueira, que sempre fez questão de dizer que começou a praticar o bodyboarding por sua causa.
Nós somos mais que irmãs, somos muito amigas e somos inseparáveis. Fazemos tudo juntas, temos muita afinidade. Realmente muito amor envolvido. Nossa mãe nos ensinou isso. Nunca brigamos por competição. Sempre torcemos para chegarmos juntas na final, o que aconteceu muitas vezes. Parei de competir quando casei e ela continuou no circuito sozinha mais uns 6 anos. Sentiu minha falta…
Você e ela competiram em uma mesma bateria no Mundial do Espírito Santo. Como foi ter sua irmã como adversária depois de tantos anos?
Competimos em Jacaraípe, em 1989 e fizemos a final. Estar ali novamente foi emocionante. Relembramos nossos bons tempos. O bodyboarding é um esporte lindo e está crescendo novamente. Espero que apareçam mais empresas interessadas em investir, pois o retorno é certo.
Qual balanço você faz desse campeonato em termos da sua performance? O que dizer daquela bateria que você anotou 9.25 e depois uma nota 10?
Muito feliz com minha atuação. Melhor média do campeonato. Eu não esperava, pois não compito há 29 anos. Dei mole na bateria seguinte, fiquei esperando a onda e ela não veio… Mas guardarei esse momento único pra sempre. A melhor média de um campeonato depois de quase 30 anos sem competir profissionalmente me deixou inspirada para continuar evoluindo e tentar chegar aos 80 anos surfando.
O que você leva de aprendizado do Wahine Bodyboarding Pro? Pensando em como você chegou e como você saiu de lá, o que mudou na sua vida?
Tenho muita vontade de fazer um campeonato de bodyboarding feminino aqui no Rio ou um circuito como o Kpaloa Musas do Bodyboarding.
Fala sobre a escolinha Belas do Bodyboard. Foi lindo ver as meninas todas torcendo por você e você por elas.
Atualmente tenho a escolinha Belas do Bodyboard, o que já me deixa muito feliz. A torcida das meninas foi linda e elas estão cada vez mais animadas, vão competir no ano que vem.
Poucas marcas acreditam no bodyboarding feminino e uma pequena parcela apoia e/ou patrocina eventos e atletas mulheres. Como você vê a Kpaloa nesse sentido, pensando nas décadas passadas e atualmente com a realização da Van Kpaloa Belas? O bodyboarding feminino dá muito retorno para as empresas que investem. A mulher vende por si só. Meninas saudáveis, atletas bronzeadas… é um grande chamariz. Afinal, quem não quer ser assim? E o bodyboarding é um esporte maravilhoso, super vendável, principalmente para marcas femininas. A Kpaloa é uma empresa que nunca deixou de apoiar o bodyboarding e não poderia ficar de fora desse grande evento. Além disso, contamos com o apoio da Kpaloa à van das Belas financiando o custo da viagem. Agradecemos sempre muito por esse apoio, e eu também conto com o apoio de pés de pato da Kpaloa para o meu uso próprio. São os melhores!
